De acordo com um estudo recente, o bullying está se formando no estágio infantil, embora comece a se desenvolver no ensino primário.

Segundo dados da UNESCO, duas em cada dez crianças em idade escolar do mundo sofrem bullying, uma triste realidade que afeta 246 milhões de crianças e adolescentes no planeta

Com o ano escolar recém-concluído, podemos deixar de estar cientes desse problema muito sério por um tempo. Mas não deve ser assim, já que o bullying não descansa nas férias e, quanto mais sabemos sobre isso, mais armas teremos para combatê-lo e pôr fim a este terrível flagelo.

Por que o bullying está se formando no estágio infantil

Dias antes do final do ano letivo, a Associação Mundial de Educadores da Primeira Infância (AMEI-WAECE) publicou um trabalho coordenado pelo Dr. Martínez Mendoza, -piscologista e especialista em neurociências e educação infantil-, destinado a professores de Educação Primário

Ele aborda o problema do bullying e sua relação com o estágio da Educação Infantil, bem como métodos e técnicas sociométricas que podem ser usadas pelos educadores para trabalhar com a família e as crianças em determinadas condições e variáveis ​​significativas.

A análise mostrou que embora o bullying não se manifeste no estágio infantil (ou pelo menos não usual), ele começa a tomar forma nesse momento, e mais especificamente no último ano, em que os alunos têm entre cinco e seis anos de idade.

Segundo especialistas, esse estágio é crucial para a criança, pois convergem uma série de variáveis, dentre as quais duas se destacariam:

  • Por um lado, o desenvolvimento mental e físico de crianças com essas idades, o que os levaria a desenvolver atitudes, comportamentos e comportamentos que poderiam se tornar dominantes quando eles forem para o estágio Primário.

  • Por outro lado, observou-se que muitas das crianças que mais tarde se tornam agressoras provêm de famílias disfuncionais, portanto, este estudo enfoca a importância da equipe técnica e educacional da etapa infantil prestar especial atenção às crianças pertencentes a esses tipos de famílias.

A importância dos relacionamentos no grupo

De qualquer forma, deve-se notar que, embora o fato de pertencer a uma família funcional fornece condições favoráveis ​​para um desenvolvimento geral saudável das crianças Enquanto estudam, isso não significa que eles estarão "imunes" à possibilidade de se tornarem agressores.

E, infelizmente, a questão do bullying é bastante complexa e não se limita exclusivamente à educação recebida pela família, mas outros fatores, como as amizades da criança, e relacionamentos e o papel dentro do grupo escolar a que pertence.

Portanto, o guia elaborado pela AMEI também se concentra na análise como os relacionamentos das crianças funcionam em grupo, oferecendo aos professores informações muito visuais e rápidas para detectar rivalidades entre líderes de grupo, suas redes, crianças isoladas, crianças rejeitadas, desajustados, crianças "insulares" que formam um grupo separado do grupo geral ...

Segundo a AMEI, é essencial que os professores, além de fazerem avaliações contínuas do desenvolvimento acadêmico de seus alunos, também realizem análises para observar as relações entre as crianças.

E é que, através da observação de comportamentos e realmente conscientização do problema, particularidades e diferenças entre os alunos podem ser detectadas e trabalhadas para evitar situações mais graves.