Você sabia que as crianças passam 14% do tempo acordadas entre a creche e a escola? Diante dessas informações, não surpreende que a maior parte do aprendizado ocorra "fora": brincar no parque, durante atividades extracurriculares, no museu, passear, na mídia e, talvez o mais importante em casa.
Sou o diretor de um centro educacional da Queen's University (Austrália) e o coordenador do festival Encontro de Ciências Kingston: um encontro sobre ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Também crio conteúdo de matemática para dois programas de treinamento para crianças: Os radicais principais e mathXplosion. Criei duas ferramentas para os pais, com o objetivo de inspirar seus filhos a aprender, amar e escolher matemática, e sou o consultor na "conversa sobre matemática" de MathStoryTime.
Trabalho há décadas para incentivar os pais a se envolverem na educação dos filhos, porque acredito que famílias e escolas têm muito a aprender umas com as outras. As escolas têm o conhecimento acadêmico para ensinar e aprender, além de currículos, avaliações e avaliações; enquanto os pais conhecem as motivações, habilidades e interesses de seus filhos.
A ciência em casa não precisa ser esmagadoraPode ser algo tão simples quanto plantar algumas sementes com uma criança ou ajudá-las a coletar folhas e insetos.
Vários estudos também mostram que ambientes informais como o lar (ou basicamente qualquer atividade extracurricular) têm um papel importante no treinamento em ciências, tecnologia, engenharia e matemática. Este tipo de atividades desperta o interesse dos alunos e oferece oportunidades para expandir o conhecimento e aprofundar o conteúdo em ciências.
Os benefícios de aprender ciência em casa
Dados empíricos sugerem claramente que as experiências fora da sala de aula fortalecem e enriquecem o que foi aprendido no campo da ciência na escola, reforçando conceitos e práticas científicas que foram introduzidas durante o horário escolar. Essas experiências podem ocorrer em museus, atividades extracurriculares, centros de ciência e tecnologia, bibliotecas, aquários, zoológicos, jardins botânicos ou na mesa da cozinha.
As experiências fora da sala de aula Eles também incentivam a apreciação e o interesse no propósito da ciência, dentro e fora da sala de aula. Essas experiências ajudam os alunos a entender a importância da ciência em suas vidas diárias, a profundidade e o escopo da ciência como um campo do conhecimento e quais são as possibilidades de se fazer carreira na ciência, seja no local de trabalho ou como amador.
Não é surpresa que pesquisadores e educadores de ciências entrem em contato ativa e informalmente com os pais para pedir com entusiasmo que incentivem e apoiem seus filhos a aprenderem ciência em casa, na escola e através de seus pais. comunidades locais
Qualquer pai ou mãe pode ajudar uma criança com ciência.
Os pais são os primeiros professores de crianças e o mais importante. Seus valores, crenças e ações exercem uma enorme influência na tomada de decisões e no sucesso das crianças no nível acadêmico. Quantos pais transmitem o interesse e entusiasmo por questões científicas, as crianças se beneficiam no nível atitudinal e acadêmico.
Quando os pais deixam claro que se preocupam com ciência, tecnologia, engenharia e matemática e acreditam que é importante estudá-los, influenciar positivamente na maneira como seus filhos veem essas matérias e promovem o sucesso acadêmico de seus filhos nessas áreas de conhecimento.
Uma mãe ajuda a filha no Science Rendezvous Kingston Science Festival 2017 (Garrett Elliott)
Aprender sobre ciência informalmente em casa é que pais e filhos exploram as possibilidades da ciência de uma maneira divertida e diferente do que é ensinado na sala de aula. Breves interações entre pais e filhos em tópicos relacionados à ciência podem fazer uma diferença fundamental na maneira como as crianças percebem assuntos de ciências e suas notas.
Um estudo, por exemplo, mostrou que, quando os tutores das crianças usavam um aplicativo móvel para lidar com a matemática em casa, as crianças do ensino fundamental mostraram uma melhora em suas habilidades matemáticas em questão de meses. O progresso foi mais dramático nas famílias em que os tutores das crianças confessaram seu entusiasmo pela matemática.
Livros e folhas e insetos
Quando os pais participam ativamente de experimentos científicos de passear pela casa, tornam-se professores científicos. Quando os pais se tornam colaboradores na coleção de folhas ou insetos da coleção de uma criança e até os ajudam a classificar seus tesouros com a ajuda da documentação ilustrada, eles estão copiando a maneira como os cientistas trabalham.
Quando os pais se aconchegam com os filhos para lerem juntos um livro sobre ciência, como o livro pode ser Como as coisas funcionam David Macaulay, e então eles começam a examinar um abridor de latas para ver como ele funciona, eles estão usando um modelo de aprendizado.
Quando as famílias assistem a programas de televisão apropriados para crianças de acordo com a idade (como Sid, o filho científico, Projeto Mc² ou NOVA), os pais estão promovendo conexões entre tópicos científicos, vida diária, oportunidades de trabalho e treinamento científico com suas atitudes E suas ações.
Aqui deixo voce duas experiências muito simples O que você pode fazer em casa com objetos do cotidiano:
Experiência 1: Rolar, rolar, rolar
Você vai precisar: Uma lata de refrigerante vazia, um balão inflado e alguém com cabelo.
Instruções: Coloque a lata horizontalmente em uma superfície plana (vale uma mesa ou o chão). Em seguida, esfregue o balão para cima e para baixo no cabelo. Em seguida, coloque o balão perto da lata sem tocá-lo. Você verá como a lata rola em direção ao globo sem tocá-la!
Por que isso funciona? Quando você esfrega a bola no cabelo, pequenas partículas invisíveis chamadas elétrons (que têm carga negativa) se acumulam na superfície do globo, criando eletricidade estática. Os elétrons têm o poder de atrair objetos muito leves (como a lata de refrigerante) para eles.
Experiência 2: Inflar um balão sem soprar
Você vai precisar: Um balão, 40 ml de água (aproximadamente, para se ter uma idéia, um copo contém cerca de 250 ml, para que você não precise de muito), uma garrafa de refrigerante, um canudo, o suco de um limão (ou duas colheres de sopa) de vinagre) e três colheres de sopa de bicarbonato de sódio.
Instruções: Espalhe o balão e coloque 40 ml de água na garrafa de refrigerante; Adicione o bicarbonato de sódio, mexendo com o canudo até que ele se dissolva. Despeje o suco de limão (ou vinagre) e coloque rapidamente o balão sobre a boca da garrafa.
Se tudo correr bem, seu balão irá inflar!
Por que isso funciona? Ao adicionar suco de limão ao bicarbonato, uma reação química é criada porque o bicarbonato é alcalino e o suco de limão é ácido e, quando combinados, eles criam dióxido de carbono (CO₂). O gás sobe através do gargalo da garrafa de refrigerante até o balão e o infla.
Autor: Lynda Colgan, Professor de matemática primária, Universidade de Queens, Ontário
Este artigo foi publicado originalmente na The Conversation. Você pode ler o artigo original aqui.
Traduzido por Silvestre Urbón.
Fotos | Pixabay
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