O consumo de café durante a amamentação afeta o sono do bebê?

Felizmente, não tive que enfrentar essas dúvidas durante minha gravidez e lactação, porque não tomo café, mas certamente muitas mães levantaram dúvidas sobre o efeito da cafeína nos bebês. Pois bem, No que diz respeito ao sono do bebê, uma quantidade moderada de café parece não afetar.

Um estudo recentemente publicado na revista "Pediatrics", realizada em um país eminentemente cafeeiro como o Brasil, conclui que o sonho do bebê não seria prejudicado apenas porque sua mãe gosta de beber uma ou duas xícaras de café por dia, de acordo com um estudo mais de 900 mães recentes.

No entanto, antes de se lançar alegremente na cafeteira, deve-se ter em mente que, durante anos, a pesquisa alcançou resultados variados sobre se o consumo de cafeína na gravidez estava relacionado a um risco aumentado de aborto espontâneo ou parto prematuro, embora Estudos mais recentes falharam em demonstrar esse maior perigo.

Quanto ao efeito no sono do bebê, pouco se sabia sobre se a ingestão de cafeína durante a gravidez ou a amamentação poderia prejudicá-lo.

Os resultados de Ina Santos e seus colegas da Universidade Federal de Pelotas, no Brasil, não apoiaram o alto consumo de cafeína durante a gravidez ou a amamentação, mas estão alinhados com pesquisas que sugerem que montantes modestos não implicariam perigos.

Os especialistas entrevistaram 885 mães recentes sobre a ingestão de cafeína e os hábitos de sono de seus bebês aos três meses de idade. Todos, exceto um, disseram que beberam bebidas com cafeína durante a gravidez.

Cerca de 20% dos participantes foram considerados consumidores de grandes quantidades, com pelo menos 300 miligramas por dia. Apenas pouco mais de 14% relataram alta ingestão de cafeína durante os três meses após o parto. Aproximadamente 200 mg é a quantidade média de uma xícara de café.

Em geral, os pesquisadores não encontraram uma relação clara entre o consumo de cafeína e a probabilidade de os bebês terem "problemas de sono", o que, por outro lado, pode ser bastante relativo.

Quase 15% das mães disseram que seus filhos de três meses acordavam mais de três vezes por noite, o que era considerado "frequente". Mas as chances não eram estatisticamente maiores entre os consumidores de grandes quantidades de cafeína.

Parece que essas conclusões apresentadas no estudo brasileiro corroboram as crescentes evidências que sugerem que o consumo moderado de cafeína durante a gravidez é geralmente seguro.

Qual é o limite de café seguro?

Quanto à amamentação, geralmente se considera que 300 mg de cafeína ou menos por dia é bom (uma xícara e meia de café), pelo menos, é o caso de bebês saudáveis ​​nascidos a termo. No entanto, bebês e recém-nascidos prematuros metabolizam a cafeína mais lentamente e seriam mais sensíveis à pequena quantidade de cafeína que passa para o leite materno.

Outros estudos sugerem que altos níveis de cafeína durante a amamentação bem acima de 300 mg por dia estão relacionados a certos problemas de sono e nervosismo nos bebês.

Lembre-se de que a cafeína consumida pela mãe aparece rapidamente no leite materno, obtendo o pico de concentração na hora ou hora e meia após a ingestão. Portanto, é importante que a ingestão de café durante a amamentação seja moderada e, de preferência, que seja café descafeinado.

Embora também devamos levar em consideração se vale a pena ou não correr riscos com a cafeína, presente em bebidas como café, chá ou cola, que também podem contribuir para a desidratação da mãe, por isso, se você não quiser alterar a produção de leite terá que atender à sede e beber mais líquidos sem cafeína (água ou sucos naturais).

Por tudo isso, embora O consumo de cafeína durante a gravidez e a amamentação parece não ter consequências no sono dos bebês com três meses de idade, de acordo com o estudo, é conveniente levar em consideração todas as nuances expostas.