A cesariana pode ser prejudicial para mães e bebês

Um estudo publicado no "The Lancet" e conduzido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em vários países da América Latina indica que A cesariana pode ser prejudicial quando usada em mulheres saudáveis, tanto para mãe e bebê.

Já comentamos o aumento do parto cesáreo em todo o mundo, dos quais 49% estão programados, 46% são realizados durante o parto porque surgem complicações e apenas 5% são intervenções de emergência. José Villar, membro do Departamento de Saúde Reprodutiva da OMS, diz que "as altas taxas de partos cesáreos não indicam necessariamente que os serviços médicos sejam de melhor qualidade. Eles estão causando danos decorrentes dessa prática".

O estudo determinou que, quanto mais cesarianas foram realizadas, maior o percentual de complicações pós-parto, incluindo 2% das mães sofreram uma doença grave, 33% necessitaram de tratamento antibiótico após o parto e 0,4% de bebês morreram. Surpreende-nos que, fundamentalmente, o aumento desse tipo de intervenções, tanto em hospitais públicos quanto em privados, seja por escolha, quando o restante das causas freqüentes pelas quais um parto vaginal não é realizado é o tamanho grande do bebê em relação a mães, cesariana anterior e estresse fetal.

Além de todos esses dados, eles também tocam os econômicos, os quais, segundo a OMS, a despesa envolve a realização de cesarianas desnecessárias, poderiam ser dedicados a melhorar os cuidados maternos e infantis e financiar as pesquisas necessárias. Certo, certo?