O bebê que tocou House no útero

Ontem pudemos ver na Espanha o impressionante capítulo "Posição fetal" da série House, um marco na televisão sobre o qual VelSid estava falando há um mês.

Muitos acreditarão que era um exagero do roteiro, mas não. O fato de a mão mínima do bebê de 21 semanas deixar o útero para pegar a mão do cirurgião que o operava não é exorbitante nem teatral.

O capítulo foi baseado em uma história verdadeira, a história de Samuel Armas, um bebê por nascer que foi operado dentro do útero para corrigir um defeito em sua espinha bífida.

No episódio, é diagnosticada uma mulher que sofre de uma síndrome rara chamada "espelho materno", em que um problema no bebê afeta a saúde da mãe grávida.

A história traz de volta à mesa o eterno conflito do aborto, se um bebê por nascer deve ser tratado como paciente e se a vida da mãe deve ser priorizada em relação à do bebê.

É possível dizer que o insensível Dr. House era a favor de fazer com que o aborto salvasse a vida da mãe, de fato nunca chama a criança de "bebê", mas de "feto".

Mas então ele recebe “o toque mágico” do bebê em sua mão, o que deixa o médico cético pensando e, é claro, também a audiência, que um bebê de cinco meses também é uma pessoa, sente e sofre.

Após o capítulo da noite passada sobre a defesa da vida, House subiu ao topo da minha série favorita.