Uma das maiores preocupações de quem tem filhos é a obesidade infantil. Não é por menos, se levarmos em conta que 22% das crianças espanholas entre 3 e 12 anos estão acima do peso. É um dos grandes males que aflige a população infantil, juntamente com câncer e diabetes.
É necessário incutir bons hábitos alimentares desde o nascimento, incentivar o exercício e praticar menos playstation e mais vida ao ar livre.
O engraçado é que, segundo o relatório Tulipán (da Unilever), focado no conhecimento das preocupações dos pais espanhóis e nos hábitos alimentares das famílias, 56% dos pais acreditam que a obesidade é a preocupação mais importante relacionada à alimentação infantil e 95% acreditam que a comida é essencial para o desenvolvimento adequado do cérebro e afeta diretamente a inteligência das crianças.
Pesquisas baseadas em perguntas feitas por 1.000 pais entre 26 e 50 anos também analisaram o que as crianças comem e como é composta sua dieta diária. 21% das crianças comem doces todos os dias, como doces ou biscoitos. Sua dieta diária consiste basicamente de 90% de produtos lácteos, 78% de pão ou cereais em óleo, mais de 50% de frutas frescas e apenas 27% de vegetais. Finalmente, notas muito baixas para peixes. Apenas 2% tomam diariamente.
Se nos preocupamos tanto com a alimentação de nossos filhos, por que existem taxas tão altas de obesidade infantil? Por que os números falam de hábitos não saudáveis? É claro que no desenvolvimento da obesidade existem outros fatores, incluindo ansiedade e estresse familiar, sobre os quais falamos no post anterior.
Acredito, sem qualquer base científica, mas é minha humilde opinião que, além dos maus hábitos alimentares, as crianças de hoje complementam a falta de atenção de seus pais com comida.
Talvez outra das chaves seja não saber o que nossos filhos comem, já que muitos tomam café da manhã, almoço e lanche na escola. 65% das mães dizem que sabem o que seus filhos comem todos os dias, em comparação com 55% dos pais.
