Em junho passado, as sociedades científicas mais próximas da vacinação em nosso país se posicionaram diante da decisão da Agência Espanhola de Medicamentos (AEMPS), de limitar o uso da vacina contra a doença meningocócica pelo sorogrupo B ao ambiente hospitalar.
Esta vacina pode ser a melhor medida preventiva contra a infecção meningocócica que invade o sorogrupo B, uma doença rara, porém devastadora, acompanhada por uma letalidade uniforme de 10% e entre 10% e 30% de sequelas permanentes. Sem dúvida, é um avanço crucial na luta contra esta doença. "Deixar essa vacina apenas para uso hospitalar, principalmente quando suas indicações para a população ainda não foram estabelecidas, constitui um exercício de incongruência que pode resultar em confusão entre os profissionais de saúde e os próprios cidadãos.'.
O pedido de uso hospitalar, o que significa que não pode ser dispensado livremente em farmácias comunitárias, é uma circunstância muito excepcional e destinada apenas a determinadas vacinas. Não deve ser o único caso de vacina disponível contra o meningococo B
As Associações de Pediatria, Vacinação e Medicina Preventiva surpreendem-se com o fato de a Espanha ser o único país europeu a declarar esta vacina para uso hospitalar e ignora os critérios profissionais que levaram a essa decisão.
